Tambores do Uruguai

 O Candomblé surge no Uruguai, antiga colónia espanhola, por volta de 1750 com o tráfico de escravos, o termo Candomblé servia para designar as danças dos negros trazidos da África Central e Equatorial, Gana, Senegal, Nigéria, Congo, etc.
Estas danças além do espírito de festa, carregavam também os lamentos dos escravos desafortunados, submetidos a humilhações, e transformam-se em rituais, os seus tambores e o local das danças eram chamados de Tango.
O Candomblé é tocado com três tambores que em conjunto são denominados por "Cuerda", são membranofones com forma de barril feitos com ripas de madeira, tem peles animal e são tocados com a mão e uma baqueta.
São chamados por: Chico, que tem um tom agudo e uma cabeça de aproximadamente 20 cm., o Piano com tom grave e 40 cm, e o Repique, tom médio e 30 cm., a altura deles está entre os 65 e os 75 cm., nos tambores feitos de forma artesanal encontra-se muito o tambor Piano com a pele pregada, tocam-se suspensos nos ombros.
Esta tradição de grupos de três tambores, vem dos povos africanos de língua Bantu e a sua utilização é também  de caráter religioso, como acontece com os tambores Batá da Nigéria e dos Atabaque do Brasil. O Candomblé como manifestação cultural foi reconhecido pela UNESCO como Património Cultural da Humanidade, (tradições idênticas existem no Brasil e na Argentina). No Carnaval de Rua que existe no Uruguai desde 1865 e dura 40 dias, formam-se grupos chamados "Comparsas" estes cortejos de dançarinos e músicos são conduzido pelo "Escobero", normalmente um jovem com função de arauto, e pelo "Gramillero" o mestre dos tambores acompanhado da "Mama Vieja" vestida com trajes coloridos.